Programa Novos Caminhos: “segunda onda” tem como meta ampliar índice de empregabilidade de jovens acolhidos
Dirigentes da Associação dos Magistrados Catarinenses (AMC) e do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJ/SC) foram recebidos, na manhã de hoje (2/4), pelo presidente da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (FIESC), Glauco José Côrte, para um café da manhã na sede da entidade. Em pauta, a apresentação dos números atuais do programa Novos Caminhos e as metas para 2018, dentre elas, a de aumentar a inserção dos adolescentes participantes dos cursos de capacitação no mercado de trabalho.
Além dos principais assessores da presidência da FIESC e coordenadores do programa, participaram também da reunião a presidente da AMC, juíza Jussara Schittler dos Santos Wandscheer; a coordenadora do Departamento da Família, Infância e Juventude da AMC, juíza Ana Paula Amaro da Silveira; o desembargador Rodrigo Collaço; e a coordenadora da Coordenadoria Estadual da Infância e da Juventude (CEIJ) e diretora do Núcleo de Comunicação Institucional do TJ/SC, desembargadora Rosane Portella Wolff.
Logo no início, o presidente da FIESC apresentou um panorama da indústria catarinense, incluindo o “monitor econômico”, que oferece dados atualizados da atividade econômica do Estado. “A nossa expectativa é de recuperação da economia já neste ano e Santa Catarina deve crescer mais do que a média nacional”, pontuou.
Após a apresentação de cada participante do encontro, o superintendente do SESI/SC, Fabrizio Machado Pereira, fez uma breve explanação dos dados atuais do programa Novos Caminhos. Segundo ele, existem hoje em Santa Catarina cerca de 1.500 crianças e adolescentes acolhidos, sendo que destes, 438 possuem idade igual ou superior a 14 anos, podendo, portanto, participar dos cursos de capacitação oferecidos pelo Novos Caminhos, como forma de preparação para ingresso no mercado de trabalho. Pereira acrescentou que o principal desafio é ampliar os índices de empregabilidade desses jovens. Criado em 2013, o programa conseguiu até agora inserir 203 jovens no mercado de trabalho. “Queremos nessa ‘segunda onda’ do programa estimular a indústria a contratar mais e também engajar todos os envolvidos, para dar mais efetividade ao programa”, frisou.
A juíza Ana Paula destacou a importância de se melhorar a base educacional das crianças, para que tenham melhores condições de acompanhar os cursos de capacitação oferecidos no âmbito do programa. Já a desembargadora Rosane Wolff, por sua vez, defendeu a ideia de que o Novos Caminhos precisa ser apresentado para todos os magistrados, independente de estarem atuando ou não na área da infância e juventude.
Em sua fala, a presidente da AMC manifestou o seu entusiasmo em relação à iniciativa conjunta das instituições para oferecer esse tipo de oportunidade aos jovens acolhidos. “Neste ano de eleições, em que se discute muito a questão da segurança pública, vemos poucas iniciativas para o combate efetivo da violência e da criminalidade. Eu penso que o programa pode contribuir e muito neste sentido. De nossa parte tenham a certeza de que não mediremos esforços para aprimorar cada vez mais o programa”, disse.
O desembargador Rodrigo Collaço também declarou total apoio ao Novos Caminhos e propôs, inclusive, uma sessão especial no Tribunal Pleno para homenagear e reconhecer o trabalho realizado pelos magistrados que se engajarem no programa. “Gostaria de parabenizar pelo sucesso do programa, e a todos os envolvidos, pelo olhar sensível em relação a essa questão. Muitas vezes o que falta é exatamente isso, uma oportunidade para quebrar esse caminho que leva à criminalidade e à violência”, assinalou.
Imprensa AMC