Adolescentes abrigados da região Serrana serão capacitados pelo projeto Novos Caminhos
Nesta quarta-feira, 4 de março, a Associação dos Magistrados Catarinenses (AMC), a Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC) e o Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJ/SC) oficializaram a adesão da região Serrana do Estado ao Programa Novos Caminhos. O projeto, que já é realizado em diversas cidades catarinenses, vai beneficiar jovens dos municípios de Lages, São Joaquim, Bom Retiro, Anita Garibaldi, Campo Belo do Sul, Correia Pinto, Otacílio Costa e Urubici.
O programa tem como objetivo preparar os jovens que vivem em casas de acolhimentos do Estado, entre 14 e 18 anos, para o mercado de trabalho. A iniciativa tem o apoio da Coordenadoria da Infância e da Juventude do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJ/SC). “Sabemos que o número de adolescentes que desistem no meio do trajeto é grande, mas não devemos desistir desses jovens. Precisamos garantir um futuro digno a eles e isso só é possível com o esforço e dedicação de cada envolvido nesse projeto”, ressaltou o Desembargador Sérgio Izidoro Heil.
A inserção de jovens abrigados no mercado de trabalho na região Serrana tem sido um grande desafio ao longo dos anos, como explicou Gisele Fernandes, assistente social de Otacílio Costa. “É uma grande conquista para todos nós que estamos diretamente envolvidos com a ressocialização desses jovens”, disse.
O projeto Novos Caminhos teve a adesão de mais de 200 jovens no ano passado, destes 117 estão matriculados em cursos técnicos do SENAI e 9 já estão trabalhando.
Como funciona: O projeto é desenvolvido em três etapas. Primeiro, os jovens participam do Programa Profissional do Futuro. Trata-se de um conjunto de nove capacitações que visam à aquisição de conhecimentos, atitudes e comportamentos importantes para o exercício de qualquer profissão. Esse programa foi elaborado com base em competências consideradas importantes por diversas empresas-clientes do IEL/SC e que podem ser desenvolvidas para estagiários, estudantes e demais profissionais em início de carreira.
Na segunda fase é realizado um trabalho de identificação do nível de escolaridade dos jovens, encaminhamento para cursos de aprendizagem, qualificação ou técnico. Posteriormente, são encaminhados para a indústria. A terceira etapa é o acompanhamento dos jovens por cinco anos.
Fonte: Imprensa AMC